Alguns funcionários do Banco de Poupança e Crédito (BPC), afirmam que estão a ser perseguidos por pessoas ligadas à instituição financeira, pelo facto de terem revelado a existência de desvio de milhões dos cofres do banco comercial público.
Segundo os denunciantes, muitos dos trabalhadores que recentemente foram demitidos afirmam que os desfalques que o banco estatal tem sofrido são recorrentes anos, pois anos e os funcionários que dão conta da situação, são ameaçados até os seus familiares, isto para não “denunciar os infractores”.
“Temos colegas que tiveram de enviar os seus familiares para outros países, porque as ameaças são de gente grande, que conhecem muito bem os passos dos familiares de bancários”, disse.
A fonte avança que os “perseguidos” procuraram saber de colegas de outros bancos se “efectivamente” sofrem igualmente perseguições, a resposta que receberam é que “não”.
“O pior é que constatamos que as ameaças são apenas para os bancários do Banco de Poupança e Crédito (BPC)”, lamentou.
Refira-se que, o Makangola publicou recentemente uma matéria, dando conta que o computador portátil institucional, usado na operação, estava atribuído ao então técnico de informática Gerson Filipe, despedido em finais do ano passado.
Este técnico utilizava dois portáteis, um dos quais tem estado sob custódia dos Crimes Económicos do Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Em 2019, sucederam-se vários outros roubos similares no BPC, alguns dos quais passaram a ser de conhecimento público e outros foram mantidos em segredo.
Em apenas três operações fraudulentas, funcionários deste banco saquearam 1,5 mil milhões de kwanzas.