O General Leopoldino Fragoso do Nascimento vendeu recentemente ao Banco Angolano de investimentos (BAI) o total da participação, de 3%, que tinha no referido banco pelo equivalente em Kwanzas a quase 20 milhões USD. Também já foi comunicado às autoridades competentes, confirmou o Expansão junto dos envolvidos.
De acordo com fontes do Expansão o valor foi pago em Kwanzas e a transação foi concluída no final de Janeiro e o BAI foi o comprador das acções do General Dino no BAI, sendo apesar da sugestão de pagamento em moeda estrangeira, o mesmo foi feito na moeda nacional porque o general Dino também tinha pago as acções aquando da compra em kwanzas.
Recorde-se que o Banco Angolano de Investimentos está a preparar-se para vender ao público por via da bolsa os 10% que o estado detêm no maior banco em activos em Angola. A oferta pública inicial da participação do estado no BAI ficará registada marcará a estreia do mercado de bolsa em Angola.
“O processo de venda das acções do Estado no BAI está já em fase avançada e encontra-se na fase de registo do prospecto de emissão na Comissão do mercado de Capitais e neste momento estão em curso os trabalhos para admissão no mercado regulamentado”, revelou o IGAPE em resposta a questões do Expansão.
Ou seja, a venda da participação do Estado no BAI será feita por Oferta Pública Inicial, modalidade que permite a todos os investidores interessados apresentarem as propostas de compra das acções no maior banco em activos em Angola.
A operação vai marcar o arranque do mercado acionista na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA).
Neste momento apenas está activo o mercado de bolsa de títulos do tesouro que permitem aos investidores comprar instrumentos de divida ao Ministério das Finanças, que emite dívida para financiar o Orçamento Geral do Estado e outros projectos públicos. Aliás, tal como noticiou o Expansão na ultima semana, o mercado de acções deverá ser o novo motor do crescimento das negociações na BODIVA, já que em 2021 pela primeira vez as negociações na bolsa angolana caíram 18%, saindo de 1.187 milhões Kz em 2020 para 997 mil milhões em 2021.
O BAI têm 5% das acções do Banco e com a compra da participação do General Dino as acções próprias do maior banco em activos sobem para 8%.
Para além das acções próprias do BAI, o estado tem 10% da participação (através da Sonangol e Endiama) as restantes acções do banco são detidas por vários accionistas.