A classe de jornalistas em Angola teme pelo futuro da profissão que está mergulhada numa crise com um histórico nunca antes visto. Jornalistas angolanos temem pelo futuro da profissão.
Para falar sobre o assunto, ouvimos Teixeira Cândido, secretário geral do sindicato dos jornalistas angolanos, André Mussamo, Presidente do MISA Angola, e o analista político, Albino Pakisi.
Vários profissionais qualificam o actual estado da comunicação social no país como o pior momento da sua história. Os jornalistas consideram não haver memória para uma degradação tão acentuada sobre a perda das conquistas alcançadas nos últimos anos.
O monopólio da maioria dos órgãos tradicionais de comunicação social que passaram para o controle do governo, traduzem uma realidade que ameaça o estado de direito democrático, como manifestaram alguns jornalistas contactados pela Voz da América.
Outra preocupação tem que ver com a segurança dos jornalistas e o controlo absoluto das linhas editoriais, que se reflecte no encerramento de vários órgãos de comunicação, alguns dos quais vítimas da grave crise económica que continua a afectar o país.
“O Comité de Protecção de Jornalistas manifestou-se, recentemente, cada vez mais preocupado com a deterioração do ambiente para a liberdade de imprensa em Angola, à medida que o país se aproxima das eleições no final deste ano”.
Aquela organização não governamental com sede com sede em Nova Iorque defende que a imprensa deveria realizar o seu trabalho livre de intimidação e risco de agressão, para que todos os angolanos possam usufruir do seu direito à diversidade e pluralidade de notícias e informações.
Sobre o actual estado da comunicação social em Angola, o Secretário Geral do Sindicato dos Jornalista descreve um ambiente assustador, a julgar pelos últimos acontecimentos.
Teixeira Cândido não encontra explicações que justifiquem este ambiente e chama a atenção para as ameaças contra a integridade física dos jornalistas angolanos.