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Angola: Governo garante que “aposta no turismo” vai ter preocupações ambientais

O ministro da Cultura, Turismo e Ambiente angolano disse hoje que a diversificação da economia no setor do turismo vai ter preocupações ambientais, destacando medidas como a transformação do plástico em combustível ou a dessalinização da água do mar.

“As autoridades angolanas estão a tentar transformar o plástico, que é deitado no mar e cria “um problema enorme à biodiversidade”, em combustível, como forma de tentar lançar o fomento do turismo, tornando os preços mais baratos, porque se gasta muito com combustível”, afirmou Filipe Zau, numa conferência de imprensa, após um encontro com o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu hoje na sede desta organização, em Lisboa.

Para além disso, realçou, as autoridades angolanas estão “a ver a questão da dessalinização da água do mar para áreas onde não existe água”, com uma “primeira experiência no deserto”.

“Sabemos que no deserto do Namibe, onde há falta de água, há praias fantásticas, mas não há forma de promover o turismo sem água e sem energia”, acrescentou.

A redução do carbono é outras das preocupações ambientais de Angola, garantiu, mas para resolver esse problema é preciso um trabalho não só do seu ministério, mas também do da educação.

“A questão ambiental é transversal e devemos encará-la como forma de exercício pleno de cidadania e de convivência, no respeito pela identidade e diversidade”, sublinhou.

Sobre o encontro de hoje na CPLP, o ministro de Angola – país que detém a presidência rotativa da organização -, disse: “Estamos a ultimar os últimos preparativos para a Luanda Capital da Cultura [da CPLP] e também para a efeméride do dia da Língua Portuguesa, 5 de maio”.

Sobre a iniciativa da “Capital da Cultura CPLP”, está previsto “um conjunto de atividades” culturais à volta daquela comunidade, com “livro, disco, cinema, canção infantil, entre outras, que envolvem feiras e todos os países”.

O objetivo, disse, é mostrar que “a cultura pode ser também importante”.

“A ideia é que a cultura apenas faz gastos, mas as indústrias culturais também produzem e concorrem para o PIB, e é com isso que vamos preocupar-nos um bocadinho mais”, destacou o ministro de Angola, admitindo ainda a realização de conferências e debates e de um encontro de escritores lusófonos.

O secretário-executivo da CPLP, Zacarias da Costa, disse que durante a reunião com o ministro da Cultura de Angola foram discutidas algumas reuniões setoriais da tutela de Filipe Zau e “foram articuladas formas de trabalho futuro relativamente à realização de algumas iniciativas, nomeadamente ‘Luanda Capital da Cultura da CPLP’ e também no âmbito do Dia Mundial da Língua e Cultura portuguesa, que se celebra a 05 de maio”.

Para este ano estão previstas a reunião ordinária dos ministros da Cultura e, possivelmente, também a reunião dos ministros do Turismo da CPLP.

Além da reunião com Zacarias da Costa na CPLP, o ministro visitou a Casa do Artista, em Lisboa, uma forma de conhecer “o que pode fazer do ponto de vista do apoio social ao artista”, referiu ainda o governante.

“O artista é um indivíduo que passa mal depois de passar o seu tempo de sucesso, porque deixa de ter apoios e de ter trabalho. Nós queríamos levantar um pouco mais a autoestima dos nossos artistas e dar-lhes um pouco mais de apoio”, assegurou.

 

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