Angola: Governo inicia processo para trazer “cidadãos” que fugiram para a Namíbia devido à fome

O plano, que começou a ser executado na semana passada, está a ser coordenado pela Casa Militar do Presidente da República. Ele já permitiu o reassentamento de 1.282 cidadãos na localidade do Caluheque, na província do Cunene.

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar, Francisco Furtado, disse que o Governo está a fazer de tudo para que este reassentamento decorra dentro das mínimas condições.

“Estão a ser instalados aqui neste centro um total de 450 tendas para mantermos essa população. Em menos de 10 dias fez-se 10 furos de água. Temos cerca de 20 mil litros de água por hora. Vai criar as condições para que esta população se adapte a produzir num campo de dez hectares”.

De acordo com o governante, o processo de reassentamento não possui tempo determinado.

“Esta população que aqui está é uma base para começar a resolver o problema de forma sustentável. Nas condições em que estão, mandarmos para os municípios e comunas de onde saíram antes de ir à Namíbia, em pouco tempo voltarão à Namíbia porque vão encontrar outra capacidade e outras respostas às necessidades existentes”, acrescentou.

A VOA tentou ouvir a Associação Construindo Comunidades (ACC), que desde o início alertou para a fuga de angolanos para a Namíbia por causa da fome, mas a instituição rejeitou fazer qualquer comentário sobre o assunto por não estar a acompanhar o processo.

 

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