O analista político e jornalista, Graça Campos, disse que o processo contra a antiga “Princesa”, Isabel dos Santos, começa a ter cara de brincadeira de mau gosto.
Referiu Graça que, à complexidade do processo que sempre alegou, o Procurador Geral da República, Hélder Pita Gróz, acaba de acrescentar a ausência, do país, da empresária Isabel dos Sanos.
Quando não é da calça é do derrière
“Se a presença de Isabel dos Santos em Angola é imprescindível para o andamento das investigações, por quê razão a Procuradoria Geral da República não emite um mandado internacional de captura e, com isso, dá luz verde para a Interpol levar coercivamente a empresária ao país?”, questionou Graça Campos.
A verdade, segundo este é que o processo contra a Isabel dos Santos já começa a criar sérios embaraços à PGR e a quem está acima dela.
Disse também que, insistir em imputar, exclusivamente, à primogénita do antigo Presidente da República todos os males que varrem o país já não comove muitos angolanos.
Pelo contrário, sublinhou, vai crescendo a simpatia à Isabel à medida que empresas como a UNITEL, ZAP, Candando, tomadas pelo Estado, se afundam cada vez mais na má gestão e falta de investimentos.
“Nas redes sociais é cada vez mais estridente o coro a favor da “devolução” a César o que é de César.
A propósito dos problemas vividos pela UNITEL, quinta-feira, o famigerado radialista Paulo Miranda Jr. escreveu isto na sua página no Facebook:
“Se estás a DESconseguir com o peso, NÃO lhe UPA!”
Devolvam à “Dona”.
Arre!!!!!”, recorda.
Quis ainda o jornalista saber se as divergências entre Isabel dos Santos e o Estado são de tal monta que não possam ser esbatidas à sombra das nossas frondosas mulembeiras?
Questionou igualmente se o diálogo entre a antiga Princesa e a PGR é algo que individualidades como Ntoni Nzinga, por exemplo, não possam facilitar? Ou, para não variar, qualquer dia destes acordamos com o Candando nas mãos de somalis, uma vez que os seus vizinhos eritreus já se abocanharam da rede Kero?
“Se até com o mundialmente execrado regime do apartheid foi possível negociar, é de todo impossível um tête-à-tête entre o Presidente da República e a empresária angolana?”, conforme Graça Campos.