Empreendedores querem ajudar mas necessitam do apoio logístico do Governo
Cidadãos do município do Virei provenientes das zonas do interior da província angolana do Namibe denunciam fome e dizem que as pessoas estão a recorrer à erva daninha denominada “mulopa” para sobreviverem.
“No Município do Virei há muita fome, Virei Ngolova Catenyteny, Hapahapa, Oshifengo, o povo passa mal, está a comer um capim que se chama Mulopa”, disse à VOA um cidadão de nome Adão, que pede ajuda a quem de direito.
“Eu vim na sede do Municipio do Virei à procura de alguma coisa para comer, há muita fome e o povo está a comer capim. Quem não tem cabrito, os cabritos todos morreram, é sofrimento”, lamentou Muancatula, outro cidadão da região.
Apesar de não haver resposta à situação, de acordo com vários entrevistados, a VOA sabe que os Serviços de Protecção Civil e Bombeiros e o Governo provincial do Namibe conhecem a realidade.
Celeste de Melo, empreendedora, disse à VOA estar disponível para ajudar em alimentação a custo zero desde que o Governo lhe conceda um espaço para implementar cozinhas comunitárias.
“Se o Governo tiver já construído cozinhas comunitárias nestas localidades e poder passar estas cozinhas comunitárias para as minhas mãos e permitir-me fazer o meu trabalho durante seis meses, agradeceria”, garantiu Melo quem sublinha ter tudo para implementar as cozinhas comunitárias.
“Estou aqui, vou fazer a minha parte enquanto estiver na terra, também não sairei da terra sem cumprir aquilo que Deus me mandou fazer. Acredito muito nesta nova governação do Namibe, dinâmica e calorosa”, sublinhou Celeste de Melo.
Quem também mostrou-se solidário com o sofrimento dessas comunidades é o também empreendedor Barnabé Tulumba, quem quer ajudar as crianças nas escolas.
“Se o Governo construiu lá escolas então nós vamos ter que meter lá batas para os petizes. No nosso projecto sobre o Municipio do Virei privilegiamos a cor azul tendo em conta a situação geográfica e a difícil situação daquelas comunidades em sabão”, disse Bernabé Tulumba.
Desconhece-se, por agora, a resposta do Governo provincial.