Cerca de 3.000 pacientes, na sua maioria jovens, foram atendidos nas últimas 24 horas em várias unidades de saúde de Luanda, disse hoje a ministra angolana da tutela, destacando as agressões físicas com armas brancas e de fogo.
Sílvia Lutucuta referiu, após uma ronda às principais unidades de saúde de Luanda, que os traumas, o uso excessivo de álcool e os acidentes de viação também se destacam entre as ocorrências.
“Quer dizer que alguns não estão a cumprir com as normas ou as medidas decretadas no decreto do estado de calamidade [de prevenção contra a covid-19]”, disse a ministra, em declarações à rádio pública angolana, salientando que a maioria dos pacientes “são pessoas jovens, que vêm alcoolizadas de festas, que não estavam em casa”.
A titular da pasta da Saúde de Angola frisou que “a malária continua a ser uma grande preocupação”, com complicações e necessidade de transfusões.
“Foram feitas várias transfusões também nas várias unidades sanitárias, quer em doentes médicos, quer em cirúrgicos”, disse.
Segundo a ministra, nesta altura da quadra festiva, registam-se “incumprimentos” nas celebrações, como alguns excessos na alimentação e no consumo de bebidas alcoólicas, com casos de hipertensão ou diabetes descompensadas.
“Mas nas causas médicas a malária continua a ser um problema. Acreditamos nós que vamos continuar a trabalhar no sentido de melhorar essa parte e no controlo dessas doenças endémicas”, frisou.