O antigo administrador municipal do Lubango, na província angolana da Huíla, Silvano Levi, foi condenado nesta quarta-feira, 1, pelo Tribunal de Comarca do Lubango, a três anos de prisão com pena suspensa pelos crimes de peculato e burla qualificada. Silvino Levy recebeu uma pena de três anos de prisão entretanto suspensa.
Silvano Levi que chegou a estar em prisão preventiva, por mais de um ano, depois de ter sido julgado, ouviu a sentença em liberdade lida pela juíza Violeta Tieteta.
O antigo gestor do município do Lubango entre 2012 e 2014 deverá pagar num prazo de oito meses uma indemnização de perto de 4 milhões de kwanzas a uma empresa de onde foram retiradas duas viaturas, para além de 250 mil kwanzas aos cofres do Estado.
Para a juíza Violeta Tieteta, alguns atenuantes jogaram a favor do arguido.
“Atendendo às circunstâncias atenuantes que impendem sobre o arguido por ter cooperado para a descoberta da verdade material. Tempo de prisão preventiva que lhe foi submetida foi suficiente para a sua ressocialização, a pena ora aplicada fica suspensa por um período de três anos, desde que no prazo de oito meses o arguido cumpra com as obrigações pecuniárias do processo”, afirmou.
O advogado de defesa, Emílio Abel, diz não ver razões para recorrer da sentença por concordar com a decisão.
“A pena está suspensa e achamos nós que não há necessidade de interpormos um recurso com efeito suspensivo”, disse.
Silvano Levi é o primeiro administrador municipal na província da Huíla a conhecer a mão pesada da justiça desde o início do combate à corrupção desencadeado pela Procuradoria-Geral da República.
Refira-se que a antiga administradora municipal de Chicomba, Lúcia Francisco foi detida desde Setembro acusada dos crimes de peculato, associação criminosa e tráfico de influência.