A direcção da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola aguarda pela restituição dos templos e o desbloqueio das contas bancárias congeladas, no âmbito do processo judicial que decorreu durante três anos, deu a conhecer, esta quinta-feira, em Luanda, o bispo Valente Bizerra Luís.
Durante uma conferência de imprensa, em reacção ao acto de abertura do templo do Maculusso pela denominada ala brasileira, o líder da IURD Angola referiu que existe desta parte um jogo de desinformação cujo objectivo é desacreditar as autoridades angolanas, bem como influenciar de forma errónea a opinião pública e os fiéis.
Segundo explicou aos jornalistas, na altura da apreensão dos bens da igreja, a antiga liderança da igreja (ala brasileira), tinha sob seu domínio os templos do Maculusso, Alvalade, FTU e Coqueiros.
Porém, todos os bens foram entregues a um fiel depositário, no caso, Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR).
“Nós esperávamos que depois do acórdão do tribunal se fizesse a entrega dos imóveis, mas isso não acontece até ao momento”, referiu.
Quanto ao acesso às contas bancárias, o bispo Valente Bizerra Luís referiu que continuam bloqueadas e se aguarda por uma ordem das autoridades competentes para que possam então passar para a nova gestão, segundo o acórdão emitido pelo Tribunal.
No que toca à data para abertura dos templos, “Valente Bizerra Luís ponderou adiantar uma data, sublinhando apenas ser necessário obedecer às autoridades do país, uma vez se tratar de uma liderança legítima”.
A IURD em Angola está em conflito desde 2019, período em que um grupo de bispos e pastores angolanos anunciou a sua saída da igreja, e acusou a direcção brasileira de vários crimes. A acusação resultou no encerramento de vários templos e num processo judicial.