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Angola: Joana Tomás duramente criticada após entrevista no Jornal da Zimbo

O analista político, Ilídio Manuel, começou por observar que o canal público adstrito á Televisão Pública de Angola (TPA), denominado TV Zimbo, concedeu tempo demais de antena, durante a edição do seu jornal de segunda-feira, 21, á Joana Tomás, indigitada secretária geral da Organização da Mulher Angolana (OMA), o braço feminino do MPLA.  

De acordo com o analista, a entrevista concedida ao “clone ligeiramente modificado das TPA 1 e 2” durante o Telejornal, Joana Tomás fez campanha política a favor do seu partido, tendo convidado in loco a apresentadora, Leda Makuéria, a fazer parte do elenco da organização partidária feminina, Organização da Mulher Angolana (OMA).

O convite, refere ainda, não me pareceu inocente, já que para Joana Tomás não haverá nenhuma incompatibilidade em ser militante da Organização da Mulher Angolana (OMA) e Jornalista, em misturar o trabalho partidário com uma profissão que, de princípio, deveria ser isenta e equidistante.

“Quis com isso transmitir a sua vasta experiência de jornalista da TPA e de militante do braço feminino do M?”, questionou.

Para Ilídio Manuel, ficou, uma vez mais, patente a colagem da TV pública e seus apêndices ao partido que suporta o Governo, em detrimento das restantes formações políticas nacionais, cujos líderes têm sido pura e simplesmente ignorados pelos órgãos públicos, de comunicação social.

“A entrevista pode ter causado também ciúmes às mamãs da Organização da Mulher Angolana (OMA), (as mulheres do Xofrimento) que não veem com bons olhos a meteórica ascensão da (catorzinha) Joana Tomás”, afirmou.

Wylsony Dos Santos, Comunicólogo e docente universitário, disse que, Joana Tomás não devia mesmo é participar da curta entrevista ao jornal da Zimbo, porque para este, pode ter sido incompreensível, qual seria a relevância da entrevista desta, enquanto candidata única.

“Talvez mesmo era melhor aguardar para depois do congresso, aí sim, iniciava com a campanha de marketing político. Falhou a estratégia e criou ruído. Decerto que era tudo que ela não precisava no momento”, observou.

Um internautas, por exemplo, considerou que a declaração “terra-terra” da camarada Joana Tomás, segundo a qual, “o principal inimigo da mulher é o homem”, traz a nu a discussão em relação ao domínio inato dos jornalistas sobre as técnicas de media training.

Disse igualmente que esta declaração, dá “sangue” ao argumento de que até o jornalista quando passa para fonte, falando em nome de instituições ou individualidades, deve submeter-se aos ditames da assessoria de imprensa ou da comunicação institucional.

Com efeito, enfatiza, recomenda-se que se adopte com urgência uma boa estratégia para “minimizar” os danos desta nódoa que acaba de associar-se à sua imagem por bons e longos tempos, sendo que estou completamente persuadido de que a ideia que a camarada pretendia passar não é a que as respectivas palavras nos dão a entender, quando é, precisamente aqui, onde reside a razão e a pertinência da comunicação como ciência.

Importa realçar que, Joana Tomás, foi oficialmente apresentada no dia 17 de Dezembro de 2020, como Candidata única da organização Feminina do MPLA para substituir, Luzia Inglês “INGA”, em Março de 2021, cujo Comité Nacional, composto por cerca de 235 mulheres, foi alegadamente unânime, em ralação a candidatura da também jornalista, Joana Tomás.

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