João Lourenço manifestou-se hoje satisfeito com o aumento da capacidade de produção de gasolina pela refinaria de Luanda, considerando incompreensível um país com uma grande produção de petróleo bruto, mas com capacidade mínima de transformação.
João Lourenço, que falava no final da cerimónia de inauguração do complexo de produção de gasolina da refinaria de Luanda, disse que o petróleo bruto produzido era quase na sua totalidade exportado.
“Nós definimos como um grande desafio a enfrentar, a correção desta situação, já vem acontecendo, não apenas com o lançamento da construção da refinaria de Cabinda, o lançamento da construção da refinaria do Soyo e agora a inauguração desta unidade que vem ampliar em quatro vezes a capacidade de produção de gasolina da refinaria de Luanda”, afirmou João Lourenço.
O chefe de Estado angolano realçou que está a ser cumprido o objetivo de Angola ficar cada vez menos dependente da importação de produtos refinados.
“Nós vendíamos a nossa matéria-prima e comprávamos, no fundo, aos mesmos compradores da nossa matéria-prima, comprávamos-lhes o produto acabado que são o diesel e a gasolina, portanto, vamos reduzir [isso] de forma considerável, nos próximos anos (…) sobretudo a partir do momento em que tivermos concluído, e em funcionamento, a grande refinaria do Lobito que vai tornar o nosso país autossuficiente em refinados de petróleo”, sublinhou.
O Presidente angolano mencionou igualmente que o país vai poupar “bastantes divisas” na importação de gasolina, não apenas com a inauguração da refinaria de Luanda, mas no conjunto dos projetos em curso.
“Daqui a dois, três, anos, acredito que a redução em termos de dispêndio de divisas com a importação de combustíveis vai ser bastante grande”, salientou.
Angola vai poupar anualmente cerca de 300 milhões de dólares (280 milhões de euros), na importação de gasolina, com a quadruplicação deste derivado de petróleo na refinaria de Luanda, passando da produção de 395.000 para 1,5 milhões de litros de gasolina por dia.