O Presidente angolano, João Lourenço, assinalou hoje a “importante dinâmica no movimento de empresas turcas e angolanas”, considerando que terá um valor significativo para o crescimento económico e criação de emprego
João Lourenço, que discursava na sala do Conselho de Ministros do Palácio Presidencial, onde esteve também o seu homólogo turco, Recep Erdogan, considerou que, graças a esta dinâmica, há uma “forte probabilidade” de a linha de crédito anunciada em Ancara por ocasião da visita que fez há três meses à Turquia, vir a funcionar nos tempos mais próximos, já que se trata de “um importante instrumento de apoio ao incremento do investimento turco em Angola”.
Dirigindo-se a Erdogan, o chefe do executivo angolano disse que quer contar com o apoio da experiência e influência turcas, sendo esta das mais importantes economias da região Eurásia, e abordou os instrumentos jurídicos assinados pelas duas delegações que “terão um peso específico inquestionável” no estreitamento e intensificação das relações bilaterais.
“Penso que estes acontecimentos sinalizam com muita clareza a vontade política de cada um dos nossos Governos em criar um ambiente de segurança e de previsibilidade para os negócios que forem sendo efetuados entre ambos os países”, sublinhou o Presidente angolano, enaltecendo o potencial de cooperação e negócios que os dois países, “que se conheciam pouco”, descobriram.
João Lourenço falou também sobre as responsabilidades da Turquia e de Angola na promoção de iniciativas que garantam a paz, a segurança e a estabilidade ao nível das regiões em que estão inseridos, e que têm impacto global.
“Preocupa-nos, em face disso, a crescente escalada de tensão que se observa em várias regiões do planeta e, sobretudo, os conflitos armados que se registam em África e no Médio Oriente, os quais requerem um esforço ingente da comunidade internacional, para que, ao abrigo das normas do Direito internacional, das pertinentes resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e em estrita observância do princípio do diálogo, se promovam iniciativas reais, concretas e funcionais, destinadas à sua resolução definitiva”, realçou.
Neste âmbito, “Angola tem feito a sua parte por via de iniciativas que empreende no quadro da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), no sentido de contribuir para a paz e estabilidade nessas sub-regiões”, continuou Joao Lourenço.
O chefe de Estado angolano manifestou, por isso, empenho “no sentido de sensibilizar as partes em conflito, de modo a construir-se um entendimento sólido entre todos”.