O Presidente da República de Angola, João Lourenço, transmitiu hoje uma mensagem de encorajamento e solidariedade ao seu homólogo da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, na sequência da tentativa de golpe de Estado de terça-feira.
O chefe de Estado angolano “telefonou ao Presidente da Guiné-Bissau a meio da manhã desta quarta-feira, 02 de fevereiro”, segundo uma nota divulgada na página de Facebook da Presidência angolana.
Angola, na qualidade de presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), já tinha condenado “veementemente a tentativa da tomada do poder pela força na Guiné-Bissau”, também Estado-membro da organização, saudando a “firme resposta das autoridades guineenses que levou ao restabelecimento da ordem”.
Vários tiros foram ouvidos terça-feira perto da hora de almoço junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.
Entretanto, segundo fonte governamental, militares entraram cerca das 17:20 no palácio do Governo e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício.
A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela União Africana, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da presidência angolana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e por Portugal, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Espanha.
Em declarações aos jornalistas, no Palácio da Presidência, o Presidente guineense afirmou ter-se tratado de um “ato bem preparado e organizado e que poderá também estar relacionado com gente relacionada com o tráfico de droga”.
O ataque provou pelo menos seis mortos e quatro feridos, segundo fontes militares e médicas.