Jornalistas angolanos manifestaram cepticimo quanto à possibilidade dos orgãos de informação públicos passarem a ser mais abertos e tolerantes da crítica como afirmou o novo ministro Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social Mário Oliveira.
O ministro angolano argumentou que a crítica “é uma actividade que não nos assusta, ele nos ajuda a melhorar e quando construtiva para o progresso é sempre uma atividade salutar”.
“Ver para crer”, defendeu o jornalista Lucas Pedro, do conhecido portal angolano de notícias Club-K, que entende que a aversão à crítica na imprensa pública beneficia, em última instância, o próprio Presidente da República pelo que nada vai mudar.
Por sua vez, o jornalista e membro fundador do Sindicato Angolano de Jornalistas, Avelino Miguel , diz tratar-se de declarações “de mais um ministro que daqui a alguns meses vai ser exonerado e vai aparecer um outro ministro”.
Avelino Miguel considera que o cumprimento das promessas do novo ministro passam pela revisão da actual lei de imprensa e da vontade política do Presidente João Lourenço.
“Tem de haver vontade política de fazer estas transformações”, disse. Pela continuidade do poder político que nos governa há quase 50 anos nunca vi sinais positivos de criar condições para se avançar nessa direcção”, acescentou.