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Angola: Líderes de grupos marginais querem “integrar-se” na sociedade e pedem ajuda em Malanje

Homicídios, furtos, roubos, assaltos à mão armada, violações, posse, uso e consumo de drogas proibidas rotulam o comportamento de alguns jovens que recentemente balearam dois agentes da Polícia Nacional (PN) em serviço. O bairro Catepa, na cidade capital da província angolana de Malanje, é considerado pelas autoridades policiais como um dos mais violentos.

Os integrantes dos supostos grupos de marginais “Os sobas”, “Italianos”, “Ferraz”, “Policias” e “UMS”, reuniram-se na sexta-feira, 1, com o professor universitário, Infeliz Coxe, e mostraram-se arrependidos ao mesmo que pediram apoio da sociedade para mudar de vida.

Carlos José admite que o vício ficou para trás.

“Eu quero que no meu bairro as [pessoas] possam estar felizes, eu só quero agora trabalhar, conseguir trabalho para a família, e coisas [boas] no mundo e que Deus me abençpe”, referiu no encontro, enquanto Vunge Frederico apontou que a ociosidade pode estar na origem das más práticas.

“Por que é que os jovens daqui do bairro estão a optar pela delinquência? É porque não têm cursos profissionais”, afirmou.

O professor universitário Infeliz Coxe juntou à mesma mesa líderes de grupos de marginais, autoridades tradicionais e representantes da comissão de moradores para encontrar caminhos visando banir com a delinquência na zona.

Moradores como Alice Nunulo e Francisco Raimundo descreveram o quadro da área no encontro.

Infeliz Coxe, que sugeriu a criação de um grupo de vigilância integrado por moradores do bairro, defendeu o enquadramento dos jovens em acções úteis para acabar com a delinquência que tira o sono dos moradores da área e de outros que circulam naquele perímetro.

“Então, é isso que me trouxe aqui conversar com os meus irmãos para deixarmos de ter grupos e nos organizarmos para passarmos a ter emprego, e é isto que eu quero, acabar com os grupos”, disse, acrescentando “o meu grupo que vou criar agora é o grupo de destruição de todos os grupos e criar a brigada de vigilância”.

 

 

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