Hoje de manhã comecei a receber mensagens a perguntar-me acerca de uma lista onde o meu nome constava. Ao dizerem-me que era uma lista do CNJ para receber casa não me escandalizei porque já estava a antecipar está “investida” desde o dia seguinte da visita do Kalunga ao PR, quando saiu uma notícia que tinham 1000 casas para distribuir.
Percebi que haveriam de tentar, como é da praxe, agarrar algumas pessoas pela barriga. Então pensei que era mais uma daquelas listas que a brigada cibernética do MPLA mete a circular para causar confusão na mente das pessoas que acreditam em qualquer pataquice apócrifa que pulula pelas redes.
Quem acabou confuso fui eu, ao ver na primeira página do documento submetido ao CNJ, a assinatura de uma das pessoas por quem tenho mais estima e consideração desde que começámos com as nossas lutas, o Mbanza Hamza.
A confusão aumentou quando me fizeram reparar que o documento era do ano passado.
Tendo o Mbanza acesso directo a mim, não consegui entender porque tomou a iniciativa de incluir o meu nome nesta lista sem antes me consultar a solicitar a minha anuência, pior, como deixou passar um ano sem me dar a conhecer que o tinha feito. Nunca lhe teria dado e ele conhece-me o suficiente para saber disso.
Finalmente consegui falar com o Mbanza e ele detalhou-me a cronologia dos factos que, apesar dos pesares, mitigou um pouco a minha angústia.
Em resumo: não tinha conhecimento, não dei autorização e não estou interessado em “facilidades” concedidas por organismos ligados ao poder.