Vinte e três cadáveres, incluindo três recém-nascidos, foram abandonados, há mais de dois meses, na morgue do Hospital Geral do Huambo (HGH), apurou hoje, terça-feira, a ANGOP.
A chefe da área social da maior unidade sanitária da província, Elisa Valente, alega haver dificuldades da direcção do hospital em contactar os familiares para a realização das exéquias.
Informou que, “entre os corpos constam 19 do sexo masculino e quatro do feminino, dos quais apenas cinco faleceram no hospital, enquanto os demais foram recolhidos na via público pelo efectivo do Serviço de Investigação Criminal (SIC)”.
Referiu que muitos desses cadáveres são recolhidos e colocados na morgue sem qualquer identificação, situação que tem inviabilizado o processo de localização dos familiares.
Elisa Valente disse que a direcção do hospital, em parceria com a Administração Municipal do Huambo, prevê realizar, em breve, um funeral colectivo após o limite do prazo estabelecimento para a conservação na morgue (três meses).
A responsável lembrou que o abandono de cadáveres tem causado enormes prejuízos materiais e financeiros ao Estado.
Por isso, “apelou a salvaguarda dos valores morais, cívicos e culturais para evitar situações do género e preservar a dignidade humana”.
A morgue do Hospital Geral do Huambo tem a capacidade para conservar 27 carpos em igual número de gavetas.
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