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Angola: Mais de “30 por cento” da população afectada pela fome extrema na província angolana do Namibe

Mais de 200 mil pessoas afectadas pela fome dependem exclusivamente do apoio alimentar do Governo, revelou a vice-governadora da província angolana do Namibe. Angolanos continuam a fugir para a Namíbia.

“Cerca de 272.472 pessoas estão afectadas pela seca e fome nos cinco municípios da província do Namibe”, disse Ema Guimarães, quem esclareceu que “este número representa cerca de 32 por cento da nossa população”.

A vice-governadora avisou no entanto que o número “é ainda preliminar e poderá ser maior face ao processo de cadastramento que está a ser feito em todos os cinco municípios da província do Namibe”.

Carolina Cerqueira, ministra de Estado para a Área Social da Presidência da Republica de Angola esteve muito recentemente nas zonas afectadas, tendo afirmado no Tombwa que o Presidente João Lourenço tinha ordenado “um trabalho muito grande, junto das populações para melhorar a vossa situação”.

Alexandre Niyuca, Administrador Municipal do Tômbwa, disse que a solução da crise alimentar no interior daquele município passa pela criação de condições de fornecimento de água para as comunidades locais.

“Se nós criarmos condições de água nessa zonas, é possível encontrarmos soluções definitivas para estas populações, engajando-as na prática da agricultura por um lado, e por outro lado também na produção de pasto para o seu gado”, afirmou.

Niyuca disse defender uma solução integrada no “corredor da fome” que abrange as províncias do Namibe, Huila, Cunene e Cuando Cubango.

Devido à fome, o movimento migratório ilegal das comunidades angolanas em direcção à Namibia continua e a localidade do “Nhere” é o ponto de referencia.

 

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