Manuel Fernandes, presidente da Convergência Ampla da Salvação de Angola, Comissão Eleitoral ( CASA-CE), mostrou-se bastante indignado devido o anúncio pelo Presidente da República e do MPLA, João Lourenço, relativamente ao aumento do salário mínimo Nacional e ajustamento do salário da função pública.
Em declarações, durante o discurso de abertura do ano político, nesta segunda-feira, 31 de janeiro, Manuel Fernandes apontou como uma das causas da sua inquietação, a real intenção do referido aumento salarial, uma vez anunciado pelo Presidente da República nas vestes de presidente do MPLA.
Ao abordar as questões ligadas à actual situação do país, o líder da coligação observou que o povo angolano está a atravessar um dos piores momentos da sua história, tendo em conta a difícil situação socioeconómica, agravada por medidas políticas governativas atabalhoadas e contraditórias.
Para Manuel Fernandes, tal é o caso da importação recente do milho em larga escala, tido como um facto inibidor da consolidação da produção nacional para a auto-suficiência alimentar do país, até bem pouco tempo.
“O que deixa indignado é o facto do Presidente da República ter feito o anúncio nas vestes de Presidente do partido MPLA. Outrossim, o Orçamento Geral do Estado do ano corrente não prevê aumento salarial”, explicou Manuel Fernandes.
Nestes termos, a CASA-CE, entende que a intenção do Presidente da República não passa de um “aproveitamento político” por não ter passado no crivo de um estudo profundo, conforme havia garantido JLO, nas vestes de Presidente da República.
Refira-se que, o aumento do salário mínimo nacional, foi aprovado nesta segunda-feira, 31 de janeiro, na ordem dos 50%, durante a sessão do Conselho de Ministros orientada pelo Presidente da República, João Lourenço.
O Executivo angolano, segundo os pronunciamentos de João Lourenço, pretende com esta medida aumentar os rendimentos mensais dos trabalhadores e das suas respectivas famílias.
Vale lembrar que, o Presidente do MPLA e da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, fez este anúncio na sexta-feira, 28 de janeiro, na cidade de Menongue, província do Cuando Cubango, durante discurso de lançamento da agenda política do MPLA, referente ao ano 2022.