O coordenador da CASA-CE, Manuel Fernandes, negou, nesta quinta-feira, 16, que tenha transformado a coligação partidária num aliado do MPLA contra os restantes partidos da oposição. Líder da coligação eleitoral atribui críticas que lhe são feitas nos círculos da oposição por não integrar a Frente Patriótica Unida, liderada pela UNITA.
Em conversa com a VOA, Fernandes minimizou as acusações sobre supostas “facilidades políticas” e que estaria a beneficiar-se do partido no poder e do seu Presidente, João Lourenço.
O líder da coligação eleitoral disse que tais acusações resultam do facto de se ter demarcado do projecto da Frente Patriótica Unida, uma plataforma política que está a ser organizada pela UNITA, Bloco Democrático e pelo projecto PRA-JA- Servir Angola com vista às eleições de 2022.
“Porque se eu tivesse aceite integrar (a Aliança Patriótica) não haveria este tipo de discurso”, sustentou.
Manuel Fernandes acrecentou estar “mais preocupado com a organização das bases no interior do país porque quem vai votar é o povo”.
As críticas a Fernandes avolumaram-se nas redes sociais depois de, a 1 de Julho, ele ter sido recebido em audiência pelo Presidente da República, no Palácio da Cidade Alta.
O acto foi descrito por alguns sectores como visando ofuscar a imagem do presidente do principal partido da oposição, UNITA, Adalberto Costa Júnior.