O porta-voz do Sindicato Nacional do Médicos Angolanos (SINMEA), Domingos Zangão, disse que a questão dos salários mínimos de 1 milhão de kwanzas (1.760 dolares) exigidos no caderno reivindicativo tem sido uma das maiores discórdias nas negociações com o Ministério da Saúde (MINSA).
A resistência nos acordos relacionados com este ponto constante do caderno reivindicativo, condiciona o levantamento da greve nacional dos médicos, que vigora desde 06 de Dezembro.
Domingos Zangão, afirmou também que, devido a esta situação, a greve continuará por tempo indeterminado e que o salário máximo exigido é de dois milhões de kwanzas, sendo que o Governo anuiu a proposta e garantiu dar uma resposta dentro de 90 dias para a resolução do problema.
No entanto, o Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA) discorda com a garantia do Ministério da Saúde nesse sentido, apelando por uma resolução imediata.
De salientar que, após a reunião, por ter ficado claro o não reenquadramento do presidente do Sindicato dos médicos angolanos, Adriano Manuel para além de outros pontos reivindicativos, o Sindicato decidiu dar continuidade à greve.
Por outra, exige a retirada imediata das unidades sanitárias, de todos os elementos que até o dia 06 de Dezembro não faziam parte integrante dos serviços dos respectivos hospitais.
Os médicos apelam ainda que a não retirada destes profissionais nas unidades de saúde, poderá obrigar esta instituição a tomar medidas mais agravadas.
“A greve só será levantada quando a Assembleia Geral dos Médicos de Angola assim decidir”, reiteram.