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ANGOLA: MIALA ACUSADO DE PERSEGUIR QUEM ONTEM LHE DEFENDEU DAS GARRAS DE JES

A perseguição e intimidação que está sendo empreendida pelos serviços secretos, em que são vítimas figuras que levantam suas vozes para criticar a governação do Presidente João Lourenço, tem levantado em vários círculos, um debate sobre o papel do general Miala.
 
Por volta de 2006, uma acusação de que estaria a tentar um golpe de estado, levou José Eduardo dos Santos a exonerar Fernando Garcia Miala, da chefia dos Serviços de Inteligência Externa e posteriormente a justiça o condenou a 4 anos de prisão.
 
Não fosse a pressão de certos círculos da sociedade, Miala teria perdido a vida, segundo uma fonte que acompanhou o caso do homem que chegou a ser a segunda pessoa mais influente depois de JES.
 
Em 2018, retornou ao poder pela mão de João Lourenço, que o tornou director do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE), principal órgão de inteligência interna. De acordo com insiders, Miala é parte do trio mais influente na orla de Lourenço.
 
Com uma actuação mais discreta que na era de JES, a Miala foi atribuído o mérito pela descoberta de inúmeras falcatruas de governantes e empresários nos últimos tempos.
 
Se até alguns meses era elogiado, o mesmo não se pode dizer hoje. O general é apontado como sendo um dos responsáveis da onda de intimidação e repressão que se verifica em Angola nos últimos tempos em Angola.
 
É o órgão de que é chefe, o SINSE, responsável por espionar e colocar embustes a personalidades da oposição e da sociedade civil, criticas ao novo paradigma da governação de João Lourenço.
 
Diz-se que até entre os bakongos, (seu grupo étnico, que criticou duramente JES quando colocou Miala na cadeia onde chegou a adoecer), o sentimento é de que o filho está a ser ingrato, ao trabalhar para reprimir e matar o povo.
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