Generais e outros oficiais na reforma da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas (FAA) dizem-se agastados com tantas promessas não cumpridas e decidiram sair à rua no sábado dia 20 de Fevereiro para exigir em manifestação o pagamento da dívida desde 2009 de mais de 300 milhões de kwanzas.
“Chega!”, dizem os generais, oficiais subalternos na reforma e viúvas de combatentes.
“Há colegas nossos que para comer têm de ir aos contentores de lixo, é demais, uma dívida contraída pelo Estado angolano, nosso dinheiro”, afirma o general na reforma José Alberto Limukueno e presidente da Associação dos Oficiais Generais, Superiores e Subalternos, quem diz “ter esgotado a paciência”.
Bernardo Miguel, brigadeiro na reforma, afirma que o culpado desta situação tem nome.
“Essa situação de sofrimento é culpa do camarada comandante em chefe João Lourenço que na altura era ministro da Defesa Nacional e havia recebido todas as orientações do comandante em chefe de então para saldar a dívida, não cumpriu, temos a fé que o nosso dinheiro foi desviado”, afirma Miguel.
A concentração para o início da manifestação está marcada para defronte ao Cemitério Santa Ana e terá por destino o Palácio Presidencial, “onde dói mais”, dizem eles.
Apontam o dedo ao Presidente pela falta de pagamento de 300 milhões de kwanzas