O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, reiterou, na terça-feira, no Soyo, Zaire, a necessidade de se continuar a combater o contrabando de combustível (petróleo e gasolina) para a República Democrática do Congo (RDC), com medidas estruturantes.
Conforme o governante, entre as medidas estruturantes, consta a oficialização do comércio dos refinados do petróleo bruto com a RDC, país que absorve maior parte do combustível contrabandeado.
Neste âmbito, lembrou Diamantino Azevedo, que falava à imprensa no final da sua visita de trabalho de algumas horas no Soyo, estão em curso conversações com as entidades daquele país, no sentido de se encontrar formas de oficializar este comércio.
Entende que o baixo preço na venda do combustível, no país, onde os derivados são ainda subvencionados pelo Estado, encoraja essa tendência de algumas pessoas contrabandearem o combustível aos países vizinhos.
Outras acções estruturantes, a médio e longo prazo, segundo o ministro, são as construções das refinarias de petróleo em Cabinda, no Soyo (Zaire) e Lobito (Benguela), assim como o aumento da capacidade de estocagem e de refinação das actuais instalações de Luanda.
O ministro abordou, igualmente, sobre o relançamento do Terminal Oceânico da Barra de Dande e o lançamento da II fase do Projecto Falcão, para o aumento de capacidades de estocagem na Lunda Sul e no Moxico.
“Todas essas medidas vão concorrer para resolver, definitivamente, o problema da falta de combustível nos postos de abastecimento, sobretudo, nas regiões fronteiriças, onde se registam, constantemente crimes de contrabando de combustível”, concluiu.
No Soyo, Diamantino Azevedo, em visita de trabalho de algumas horas, presidiu a cerimónia do lançamento da primeira pedra para a construção da II fase do Projecto Falcão, que visa fornecer mais gás natural para a central eléctrica do Ciclo Combinado do Soyo.