Os nove militantes da CASA-CE detidos pela Polícia Nacional (PN) de Angola na passada quarta-feira, 20, em Cabinda, foram libertados neste sábado, 23, depois de terem sido ouvidos pelo Ministério Público (MP). Detenção aconteceu quando afixavam cartazes da coligação no dia em que o Presidente da República chegava a Cabinda para uma visita que termina hoje.
Em nota divulgada hoje por aquela coligação parlamentar, “no âmbito das diligências desenvolvidas ao mais alto da direcção da CASA-CE, que tem em Cabinda o vice-presidente Sikonda Lulendo Alexandre, os nove militantes foram postos em liberdade, 72 horas depois de receberem voz de prisão, em pleno exercício dos seus direitos político-partidários”.
A mesma nota, assinada por João Nazaré, do Secretariado Executivo Nacional para Informação e Marketing, acrescenta que eles foram “indiciados por crime de ultraje aos símbolos nacionais, alegação que não ficou provada, os nove militantes da CASA-CE foram surpreendidos e detidos por efectivos da Polícia Nacional, em Cabinda, quando colocavam bandeiras da coligação nas principais artérias da cidade, visando preparar a recepção do presidente da CASA-CE Manuel Fernandes, que visita Cabinda na próxima segunda-feira, 25, para uma intensa jornada de trabalho político-partidário”.
A CASA-CE reitera “a detenção arbitrária” e “acção excessiva dos agentes da ordem em Cabinda”, e lembra que, na altura, o Manuel Fernandes “reagiu de forma célere com uma nota de imprensa a denuciar publicamente o acto, bem como exigir a libertação imediata dos militantes”.
O deputado Sikonda Lulendo Alexandre, citado na nota, conclui dizendo que a prisão dos activistas foi um “acto forçado por responsáveis do MPLA, naquela província nortenha, que entendem, que só as bandeiras do seu partido deviam colorir a cidade durante a visita de João Lourenço à Cabinda”.
Recorde-se que na quarta-feira, 21, o Presidente da República chegou a Cabinda para o íncio de uma visita que terminou neste sábado.