O antigo secretário-geral da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) Joel Batila morreu, aos 74 anos, anunciou hoje uma organização ligada ao movimento independentista do enclave angolano.
O anúncio foi feito na página da Internet do Fórum Liberal para a Emancipação de Cabinda, mas o dia exato e a causa da morte não foram divulgados.
Joel Batila foi um dirigente destacado da FLEC e ocupou vários cargos no movimento independentista, desde coordenador do grupo diplomático, secretário dos Negócios Estrangeiros e secretário-geral da FLEC-Unificada, sob direção do presidente do movimento, N’Zita Tiago.
Mais tarde, foi nomeado responsável pela diplomacia do governo provisório de Cabinda, criado pela FLEC sob a direção de Afonso Massanda, cargo que ocupou até à sua morte, refere o fórum, na nota.
O Fórum Liberal para a Emancipação de Cabinda considera que a morte de Joel Batila é “uma perda irreparável para a sua família e um vazio difícil de preencher para a resistência cabindesa”.
Joel Batila nasceu em Maloango-Zau, Cabinda, em 22 de outubro de 1946. Formado em Medicina na Índia, exerceu como médico em França.
O enclave de Cabinda, de onde provém mais de metade da produção petrolífera de Angola, é palco desde 1975 de uma luta armada independentista liderada pela FLEC, que alega que o território ainda é um protetorado português nos termos do Tratado de Simulambuco, assinado a 01 de Fevereiro de 1885 e que serviu para Portugal defender na Conferência de Berlim, que estava a decorrer na altura, os seus direitos sobre Cabinda, território que era reclamado pela França, Reino Unido e Bélgica.