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Angola: Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe planeia “manifestação para exigir a libertação do seu líder”

O presidente do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, José Mateus Zecamutchima, encontra-se detido em Luanda e à tutela de um magistrado, disse hoje um porta-voz do Ministério do Interior.

Waldemar José reagia a notícias de crescente preocupação sobre o paradeiro de Zecamutchima detido em Luanda há poucos mais de uma semana na sequência dos incidentes no Cafunfo em que morreu um número indeterminado de pessoas

Na altura da sua detenção, as autoridades informaram o seu advogado que Zecamutchima seria provavelmente levado para a Lunda Norte para ali ser inerrogado sobre os acontecimentos no Cafunfo, mas desde então proibiram qualquer contacto entre o activista e o seu advogado, Salvador Freire ou mesmo familiares.

Ministério do Interior esclarece que José Mateus Zecamutchima ainda está em Luanda

A Polícia Nacional disse que uma multidão de cerca de 300 pessoas tentou atacar uma esquadra em Cafunfo a 30 de Janeiro, o que foi negado pelos organizadores que dizem que mais de 20 pessoas foram mortas.

Nova manifestação em Cafunfo

As autoridades impediram até agora qualquer investigação independente aos acontecimentos.

Entretanto, o Movimento diz que vai convocar nos próximos dias uma manifestação na região leste de Angola para exigir a libertação do seu líder.

Fiel Mwaco, secretário geral do Movimento disse que apesar dos recentes acontecimentos no Cafunfo “não vamos ter medo, já vêm nos matar há bastante tempo, se quiserem novamente nos matar podem fazê-lo”.

Mwaco acrescentou que tal como a manifestação que resultou nos confrontos no Cafunfo, esta novo protesto visa pressionar o Governo a entrar num diálogo “para concertação sobre o modelo de governação que satisfaça a cultura e a alma do povo” das Lundas que dize star excluído do desenvolvimento social.

“Nós queremos um Governo que respeite a nossa cultura, esta manifestação vai ter que sair mesmo para que o Governo abra as portas para negociar, eisso não resolve o problema e nós vamos bater na mesma tecla”, esclareceu o número dois do movimento reivindicativo das Lundas.

 

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