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Angola: MPLA afirma que “Frente Patriótica Unida” não tem proposta alternativa para Angola

O MPLA considerou hoje que o novo projeto político angolano Frente Patriótica Unida não apresenta propostas alternativas para Angola nem tem visão de futuro, segundo um comunicado do Secretariado do Bureau Político do partido no poder em Luanda.
“Como era de esperar, a propalada `Frente` não apresenta nenhuma proposta de programa de governação alternativa a do MPLA, avalia o presente de forma incoerente e irresponsável e não tem qualquer visão de futuro para o país”, pode ler-se no texto hoje divulgado pelo Bureau Político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

O novo projeto político Frente Patriótica Unida defendeu na quinta-feira a necessidade de adoção de um programa de emergência nacional “para tirar o país da crise em que se encontra”, referindo-se à fome, saúde e desemprego, entre outros.

A posição consta de uma declaração política assinada pelos líderes da Frente Patriótica Unida, os presidentes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto Costa Júnior, do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, e do projeto político PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku.

Hoje, o secretariado do Bureau Político do MPLA criticou a menção da Frente Patriótica Unida à “à perda de legitimidade do MPLA para continuar a governar o país”.

“Tal afirmação é reveladora da conhecida falta de sentido de Estado e de respeito para com as instituições democráticas que vem sendo demonstrada por algumas forças da oposição, com a UNITA à cabeça”, considerou hoje o órgão do MPLA, partido do presidente angolano João Lourenço.

Remetendo para as eleições de 2017 que deram a vitória a João Lourenço, que assim sucedeu a José Eduardo dos Santos no poder em Angola, o MPLA considerou que “quem se arroga, sem qualquer título nem mandato, o direito de questionar a legitimidade conferida pelos angolanos nas urnas revela bem a sua falta de respeito pela Constituição que jurou obedecer”.

“Pretender iludir os cidadãos com a narrativa de que o MPLA perdeu legitimidade para governar só pode ter como objetivo  incitar os angolanos à rebelião e à desobediência às instituições legítimas, atos cujas consequências serão única e exclusivamente imputáveis aos promotores da auto proclamada `Frente Patriótica`”, advertiu ainda o MPLA.

O partido acusa ainda o recente movimento político de ignorar os esforços feitos para combater a seca no sul do país, acusando os promotores da Frente Patriótica Unida de ignorar “tudo o que está a ser feito para que se solucione de modo sustentado o problema da seca no sul do País, com a  implementação de projectos estruturantes  em execução ou em vias de arrancar para fazer face à situação”.

O líder da UNITA, maior partido da oposição angolana, Adalberto Costa Júnior, integrante da Ampla Frente Patriótica Unida, disse na quinta-feira que o líder desta iniciativa política tripartida será anunciado ainda no final deste mês.

 

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