A República de Angola aparece na terceira posição no ranking dos maiores produtores de petróleo e na quarta posição em reservas, em África, em 2021, ficando atrás da Nigéria e da Líbia.
Membro da Organização Mundial dos Países Exportadores de Petróleo, desde 2007, mostram que Angola já registou um volume de produção superior a da Nigéria no 2º trimestre de 2008, de acordo com o relatório partilhado à Angop, pela PetroAngola, consultora nacional em petróleo, gás e energias renováveis.
Apesar de ter atingido o pico de produção de petróleo em 2008, de quase 2 milhões de barris de petróleo dia (MBPD), Angola tem enfrentado um declínio na produção de crude, que já se estende por mais de 5 anos, fruto da maturação dos seus campos petrolíferos, baixo desenvolvimento de campos marginais e paragens não programadas.
As avarias nos equipamentos e principalmente pela falta de investimento na exploração de petróleo, também influenciaram na queda da produção.
Em 2021, o país produziu em média 1,124 MBPD, sensivelmente 148 mil barris de petróleo dia (KBPD), 12%, abaixo do que o país produziu em 2020, cerca de um milhão e 272 mil barris (MBPD).
“A Nigéria é o maior produtor de petróleo em África e conserva essa posição há décadas, tendo atingido o seu pico de produção em 2005, num volume total de petróleo produzido de 2,475 MBPD”.
O também membro da OPEP tem sofrido com as práticas de vandalismo nas infraestruturas afectas à actividade petrolífera e constantes ataques terroristas nas regiões produtoras de petróleo, traduzindo-se num grande desafio para a estabilização da produção petrolífera daquele país.
Por conta destes eventos, a Nigéria viu a sua produção petrolífera cair de 1,493 MBPD em 2020 para 1,312 em 2021.
A Líbia ocupa, actualmente a 2ª posição como maior produtor de petróleo em África.
Porém, a sua produção continua a ser prejudicada pelos constantes conflitos políticos em seu território, que têm resultado em bloqueio dos campos petrolíferos e encerramento de vários oleodutos.
O país atingiu o pico de produção em 2008, quando produziu em média 1,718 MBPD, uma produção que o levou ao pódio.
Mas, em virtude das interrupções nas operações, o igualmente membro da OPEP não tem conseguido alcançar a sua capacidade máxima de produção.
Em 2020, “a Líbia produziu apenas 389 KBPD, em consequência da paralisação total dos campos, durante 8 meses, mas em 2021, com a diminuição dos conflitos políticos, a nação do norte de África deu um salto quantitativo, tornando-se no 2º maior produtor de petróleo em África, com uma produção média de 1,207 MBPD”.
Colocado na 4ª posição, como maior produtor de petróleo em África, aparece a Argélia que possui uma economia fortemente atrelada à exploração e produção petróleo e gás, onde o sector petrolífero responde por cerca de 20% do produto interno bruto e 85% das exportações totais.
Embora a produção da Argélia tenha registado declínio nos últimos anos, o Governo local tem trabalhado no sentido de atrair mais os investimentos estrangeiros de formas a aumentar os seus níveis de produção.
A Argélia atingiu o pico de produção em Julho de 2004, quando produziu 1,427 MBPD.
Em 2021, o país produziu 0,911 MBPD, uma queda de 43% com relação ao ano de 2020, em que totalizou uma produção de 1,348 MBPD.