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Angola: Norberto Garcia, Director do Gabinete de Acção Psicológica e Informação da Casa de Segurança

Ernesto Manuel Norberto Garcia, é militar na reserva, nascido no Waku Kungo, criado no Huambo e considera-se um aficcionado da actividade desportiva.

É fã dos clássicos da música angolana como Rui Mingas ou Waldemar Bastos. Apesar de não ser uma pessoa activa no mundo digital, prometera num passado recente, criar um blogue, para um dia contar as suas experiências.

Defende que para se ser um bom nacionalista, tem que se ser igualmente regionalista.

Nomeado em Abril passado para o cargo de Diretor do Gabinete de Acção Psicológica e Informação da Casa de Segurança do Presidente da República, este jurista que no governo de José Eduardo dos Santos, ocupou as funções de director da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) e ainda porta-voz do MPLA, foi um dos réus do caso conhecido por “burla tailandesa”, uma alegada tentativa de burla ao Estado angolano de 50 mil milhões de dólares, da qual acabou por seu absolvido. Em causa estaria uma suposta tentativa de burlar o Estado angolano em 50 mil milhões de dólares tese contestada pela defesa, argumentando que se tratou de uma iniciativa de investimento privado.

Esteve preso em casa de Setembro de 2018 a Abril de 2019,  cumprindo as medidas de coacção decretadas pela PGR.

No julgamento, além de jurar inocência, desafiando a que seja provado qualquer acto ilícito que tenha alegadamente cometido, Norberto Garcia denunciou a venda, por 250 a 500 mil dólares, de certificados que oficializam os investidores estrangeiros no país antes de ocupar o cargo. E garantiu que foi colocado no cargo pelo antigo Presidente da República, precisamente para acabar com a corrupção:

“Quando fui chamado para ir para a Utip, o Presidente (José Eduardo dos Santos) fez-me um pedido especial e disse isso o que eu vou dizer aqui: eu já não sei em quem confiar. Tenho muito boa informação a teu respeito, embora sempre que eu o chame, não sei porquê, mas nunca mo trazem aqui, o seu nome é sempre riscado da lista’”, contou ao explicar que, ao pedido do então Presidente, respondeu que preferia os cargos privados aos cargos da função pública, por estes serem “complicados”. “Mas ele insistiu e disse que eu tinha de eliminar uma coisa que estava a acontecer no investimento privado, que havia muita corrupção e que os investidores não vinham a Angola porque lamentavam os índices de corrupção e perguntou-me: “És capaz de resolver esse assunto?”, acrescenta.

Foi director da Utip por dois anos e quatro meses. Revelou que, quando entrou na instituição, foi buscar a experiência de outros países, nomeadamente a Singapura, pagando bons salários aos funcionários, valorizando o capital humano e fazendo com que o funcionário se sentisse valorizado. “Sinto-me completamente inocente. Sou uma pessoa dedicada à causa do país, não estou chateado com ninguém. Temos de ajudar o país a crescer e errar é humano. Se a minha prisão servir, pelo menos, para melhorarmos alguma coisa, então vamos melhorar o que está bem e corrigir o que está mal.”

Por falta de provas, o Tribunal Supremo o absolveu pelos crimes de associação criminosa, tráfico de influência, burla por defraudação na forma frustrada e uso de documentos falsos.

Pai de nove filhos, Norberto Garcia que conta com 52 anos de idade, tem uma paixão particular por três cidades angolanas: Huambo, onde cresceu, Luanda, onde vive e trabalha e Lubango, onde fez a tropa.

No principio do presente ano, foi obrigado pelo Tribunal Provincial de Luanda a pagar um crédito contraído junto do Banco Desenvolvimento de Angola (BDA).

Norberto Garcia e seus sócios empresariais, nomeadamente Ricardo Nuno Correia de Freitas, Rui da Silva Fraga e Francisco Silva Carapata, contraíram, em nome da firma VALANA (Agricultura e Desenvolvimento, Lda) um crédito em Kwanzas, no valor de 184 756 146, 92 ao BDA.

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