O que se passa na África do Sul, deve mostrar a todos os africanos, que buscam poder, mas não estão preparados a aceitar que num estado democrático e de direito as leis não os excluem, tornando-os mais iguais que os outros, que a pátria é maior que qualquer homem ou mulher!
Então o senhor ex-presidente Zuma, desrespeita o Estado que ele ajudou a construir?
Li algures, de alguém que conhece um dado tipo de africanos, os que envergonham a África, que os africanos não conseguem orientar as suas vidas através de uma plataforma constitucional de leis e de direito.
Este é um ponto de vista muito redutor das possibilidades da nossa África.
Nem sabem o que é a África, senão através das suas próprias limitações!
Mandela fez 27 anos de cadeia, e saído da prisão, homem sábio, disse que eram as leis daquele Estado, que mesmo injustas, para a natureza da correlação política e proximidade ou distanciamento social, entre os homens da África do Sul, com a segregação racial extremada, apartheid, eram as leis de uma sociedade organizada mas anacrónica.
O presidente Zuma, “é um herói que se comporta como um vilão: ter relações sexuais no seu gabinete, depois expor publicamente como um miúdo frustrado! Usar o dinheiro público para suas necessidades pessoais, entre outros comportamentos desregrados, não faz a totalidade do comportamento dos africanos”.
A África do Sul não é um Estado de excepção, mas sim, um país que teve homens e mulheres, maiores que o ex-presidente Jacob Zuma, que perceberam que o amor ao país e ao povo, devem ser os requisitos inalienáveis para um presidente, ministro, governante, ou outro nacional directamente envolvido no processo de governação, poder realizar o bem comum e merecer o respeito dos seus concidadãos.
O modus vivendi dos “tais africanos”, que existem em todos os países de África ou de outras partes do mundo, não são exemplo e nem foram, do comportamento dos seus demais correligionários ou compatriotas.
São homens de mentes tacanhas que acreditam que nas suas limitações, devem submeter todo um Estado e negar o bem que foi feito pelos seus antecessores, na procura da razoabilidade no relacionamento entre os homens.
Estes homens, são todos material para estudo dos seguidores dos psicólogos e psicanalistas Wilhelm Wundt, Sigmund Freud, Jean Piaget e outros.
Não é só na África do Sul! Angola ainda se debate na procura de dar soluções aos males resultantes de acções de quem se achou dono desta terra!
A solução para estes problemas da instabilidade da alma humana, reside no respeito pela constituição e pelas leis; Hitler, Estaline, Trump, e muitos outros por todo o mundo, vivos e mortos e não somente os africanos, carregaram consigo as suas frustrações, personalidades e traumas emocionais e num contexto determinado impuseram-se sobre os demais; e os portadores destes distúrbios, acreditam nas suas ideias e pensamentos, instilando nos comportamentos humanos a devoção e a dedicação caninas que são destrutivos.
A África, não nos esqueçamos, tem obra provada de bons filhos seus: Madiba, Kofi Annan, Boutros-Ghali, Nasser, Nkwameh Nkrumah, Jomo Kenniata, e outros! Cada um no seu tempo e com as suas idiossincrasias na política, no seu dia-a-dia, mas são nomes que na África são referências; pelos seus motivos ou pelo resultado da sua acção.
Na nossa África, já se experimentou de tudo: colonialismo, neo-colonialismo, imperialismo, socio-imperialismo, ditaduras, autoritarismo, pseudo-democracia, oligarquias e outras inúmeras denominações de sistemas políticos que os próprios proponentes não encontram forma de localizar no quadro das esquerdas, centro ou das direitas.
O ex-presidente Jacob Zuma não representa os africanos, se nem os seus companheiros de partido sabem com quem lidam…
Kate Hama