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Angola: OMUNGA quer responsabilização “criminal dos agentes envolvidos nos assassinatos em Cafunfo”

Foi com muita tristeza e preocupação, que a OMUNGA tomou conhecimento através das redes sociais e de cidadãos residentes na Lunda Norte, do massacre que ocorreu no dia 30 de Janeiro de 2021, na vila mineira de Cafunfo-Cuango, com o registo de cerca de 12 cidadãos mortos, 5 feridos e outros por confirmar.

Este acto desumano é resultante de um confronto entre as forças da ordem e segurança e os cidadãos do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe na véspera de uma manifestação pacífica convocada por estes, para reivindicar a melhoria das condições de vida dos munícipes daquela cidade, devido a exploração do diamante que contribui significativamente nas receitas do Estado. Este facto, contrasta com o subdesenvolvimento econômico e social daquela região de Angola.

A manifestação convocada pelo Movimento Protectorado Lunda Tchokwe teria lugar no dia 30 de Janeiro de 2021. Porém, à medida que se aproximava a data, foi lançada uma operação de buscas e detenção dos activistas organizadores da referida manifestação, como forma de inviabilizar e intimidar todos aqueles que queiram aderir à manifestação.

Estado angolano, uma vez mais, faltou com o seu dever e obrigação de proteger a dignidade da pessoa humana que constitui a premissa maior num estado democrático e de direito conforme consta no artigo 2o.

O que aconteceu em Cafunfo-Cuango viola gravemente a Constituição da República de Angola, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos e outros instrumentos internacionais ratificados pelo Estado Angolano.

A OMUNGA condena veemente o comportamento e a atitude das forças de ordem e segurança de Angola e ao mesmo tempo pede que se faça investigação imparcial que visa a responsabilização criminal dos agentes que estiveram diretamente envolvidos na mortes dos senhores: Zango Zeca MwaNdjagi, Júlio Elias, Suwete, Awilo, Diniz Simba, Joel Lázaro, Mukwenda Tomás Luampishi, Atakar, citando apenas alguns, desde já manifestamos a nossa solidariedade para com as famílias

João Malavindele Manuel
Director Executivo

Lobito aos 31 de Janeiro de 2021

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