Os partidos da oposição dizem estar preocupados com a falta de transparência das obras públicas em curso na província angolana do Uíge e apontam o dedo ao Governo provincial.
Em causa paralisação das obras financiadas pelo Programa de Investimento Público em 2015 e 2016 e o atraso na execução das obras do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
O deputado e secretário provincial da UNITA, Félix Simão Lucas, lembra que as obras retomadas no mandato do ex-governador, Sérgio Luther Rescova, encontram-se paralisadas desde a morte dele por motivos desconhecidos.
“Temos obras em escolas e hospitais que andam paralisadas desde os anos de 2015 e 2016, algumas foram mexidas, de facto algumas vias foram beneficiadas, após a vinda do governador Sérgio Luther Rescova, mas eram trabalhos orçamentados, o que temos na nossa província é um falta de execução, temos uma escola no bairro papelão que foi já liquidada a 95%, mas continua na mesma inacabada, e tantas outras”, acrescenta em declarações à VOA.
No âmbito das obras do PIIM, Lucas acusa ainda o Governo provincial de usar o dinheiro do mesmo em algumas obras já financiadas anteriormente mas que não tinham sido concluídas.
Por seu lado, o secretário provincial da CASA-CE, Fonseca António, lembra que “a morte do governador não deve impedir o andamento das obras, “por existirem documentos que permitem dar continuidade aos projectos”.
Outra preocupação, mas da parte do PRS, segundo o seu secretário provincial Victor António, é não haver execução de projectos do PIIM nos municípios no interior da província.
“Até o analfabeto politico consegue notar que algo não vai bem, é só ir ao interior dos nossos municípios, por exemplo nos municípios de Milunga e Buengas, as populações clamam todos os dias por mehores vias”, diz.
A VOA procurou ouvir a reacção do MPLA e do Gabinete Provincial de Infraestruturas Sociais, mas sem sucesso.