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Angola: Oposição classifica de eleitoralista programa de “milhões de dólares” de créditos

A oposição angolana critica um programa do Governo que vai financiar centenas de projectos com acesso ao crédito, que afirma tratar-se de um programa eleitoralista. Governo anunciou acesso ao crédito a projectos de pequenas e médias empresas.

A secretária de Estado para a Economia, Dalva Ringote, anunciou na terça-feira, 4, em Luanda, que o Executivo angolano vai financiar 500 projectos no âmbito do Programa de Apoio à Diversificação da Economia e Exportações (PRODESI) e do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI).

Os 500 projectos, dos 1.022 aprovados em 2021 no âmbito do PRODESI, apresentam várias facilidades de acesso ao crédito que totalizam 743 mil milhões de kwanzas (1,36 milhões de dólares) para a sua operacionalização.

Ringote disse que existe também a perspectiva de desembolsar um segundo pacote de aproximadamente de 2 mil milhões de kwanzas (3,6 milhões de dólares) através do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), direccionados para pequenas e médias empresas, empreendedores e operadores de microcrédito, com a expectativa de financiar mais 1.683 projectos, beneficiando sobretudo jovens e mulheres.

O anúncio mereceu já reacções da oposição.

Gaspar Fernandes, do Partido da Renovação Social (PRS) diz que quando se está a seis meses das eleições estes anúncios “propagandísticos e eleitoralistas … visam enganar o povo”

“Apelamos a sociedade no geral a estarmos atentos porque nesta altura o que mais importa é a alternância porque com alternância teremos melhorias significativas nas vidas das populações”, afirma.

A mesma opinião tem o deputado da UNITA, Nelito Ekuikui, para quem “fica claro que é um programa meramente eleitoralista, porque neste momento nenhum governo que está terminar o seu mandato implementa programas”.

“Esta é altura de fazer balanço e não é de apresentar programas, o programa que ele apresentou é aquele de 2017, que infelizmente não conseguiu cumprir nem a 20%”, conclui Ekuikui.

Na sua apresentação, a secretária de Estado da Economia ressalvou que o acesso ao financiamento vai ser acompanhado de forma a assegurar que os recursos financeiros sejam usados para os objectivos que foram alocados.

 

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