O país começa assim o ano de 2021 num ambiente de incertezas quanto à realização das tão esperadas eleições autárquicas pesar do presidente João Lourenço ter declarado recentemente que compete à Assembleia Nacional decidir sobre a matéria.
Com a primeira sessão ordinária já marcada para o dia 14 de Janeiro, o vice-presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes desse que aAssembleia Nacional, dominada pelo partido governamental, o MPLA, “não deuuma justificação convincente sobre a decisão”.
O analista Elias Issac aponta o partido no poder de não estar talhado para repartir o poder com outras forças políticas o que, segundo afirmou,justifica as posições que toma.
“Não é cultura do MPLA partilhar o poder com o cidadão e muito menos com a oposição porque pensa que sem estar no Estado não sobrevive”, declarou.
Para o director do Instituto Angolano para os Sistemas Eleitorais, Luís Gimbo a realização das autarquias locaisé um processo que deve ser precedido de outros actos que envolvem mais sensibilidades do país incluindo os partidos políticos .
“Não se pode dizer que esta ano não haverá nada só porque não há eleições autárquicas”, defendeu o líder associativo.
O parlamento angolano, controlado pelo partido no poder, o MPLA, decidiu não agendar para as plenárias deste mês a dicussão da lei das eleiiçoes autárquicas.