Um dos partidos que engloba a terceira maior força política do país, a coligação CASA-CE, poderá encerrar as suas actividades em Malanje por falta de fundos.
Trata-se do do Partido Democrático para o Progresso -Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA) cujo secretário provincial Alberto Quiare disse que há mais de cinco anos que não recebe qualquer apoio financeiro do seu partido.
“Se vermos que a situação não está bem, nós vamos escrever mais uma vez para poder dizer se continuaremos as atividades ou não”, disse.
“A direção do partido terá que definir neste momento, não podemos trabalhar assim em cima de joelho desde sempre”, acrescentou afirmando que “nem um meio de transporte temos para deslocação nos municípios, tudo isso é da nossa conta e é complicado’.
As despesas do arrendamento do imóvel onde funciona a organização que integra a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA) são pagas com dinheiro pessoal.
“Trabalhamos na nossa residência própria, nunca nos apoiaram nos enviaram nenhuma verba para arrendamento da sede provincial, tudo é do nosso esforço que temos feito, aliás temos amor à camisola, por isso, estamos a fazer senão a maioria já poderia desistir”, afirmou.
O partido PDP-ANA recebe trimestralmente da CASA-CE mais de oito milhões de kwanzas para as despesas correntes e garantir a manutenção das infra-estruturas da organização.
Alberto Quiare admite recuos nas eleições autárquicas e nas gerais de 2022se a direção do partido continuar dissociada dos problemas que enfrentam na representação em Malanje.
Na opinião do sociólogo Bartolomeu Papusseco comentou que .” o desaparecimento destes partidos pode fragilizar aquilo que é a competição política existente dentro do nosso país”.