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Angola: PCA da Media Rumo “acusado” de gestão danosa entre dívidas milionárias e não pagamento ao INSS

Um grupo de ex-trabalhadores do grupo empresarial de comunicação social Media Rumo S.A. denominado TASK FORCE, denunciou, por meio de cartas dirigidas aos órgãos do Estado e organizações de defesa dos direitos dos trabalhadores, dados também enviados para Angola24Horas, o não pagamento de dívidas destes bem como os inúmeros atropelos à Lei Geral de Trabalho, numa gestão que consideram danosa da parte do seu accionista e PCA, Domingos Vunge.

Nas missivas, a TASK FORCE diz que actua em seu nome e na condição de ex-funcionários amplamente prejudicados pela empresa Media Rumo S.A., proprietária do jornal Mercado (Finance and Economy), do jornal Vanguarda (Política e Sociedade) e da revista Rumo (Business Intelligence) com sede no Centro Logístico de Talatona, armazém C6 e C7, cujo gestor principal ou Presidente do Conselho de Administração é Domingos Vieira Vunge.

Dos factos, consta que a empresa Media Rumo S.A. não segue as regras mínimas de Corporate Governance uma vez que o Conselho de Administração não funciona de modo colegial, até porque todos os restantes administradores desvincularam-se da empresa.

Logo, avança a denúncia, todos os actos praticados pelo PCA Domingos Vunge são, por lei, irregulares e ilegais quanto mais seja por estarmos a falar de uma sociedade anónima.

“Um facto que estes apresentam é que, a Media Rumo S.A. tem até ao momento um volume de dívida com ex-colaboradores de mais de 200.000.000,00 (duzentos milhões de Kwanzas) e mais de 300.000,00 (trezentos mil Euros), sendo que, o PCA Domingos Vunge, recusa-se a providenciar pagamento ao qual se comprometeu através de carta de reconhecimento da dívida”.

Soube ainda Angola24Horas que, no valor mencionado, estão incluídos aproximadamente 56.000.000,00 (cinquenta e seis milhões) de Kwanzas e cerca de 84.000,00 (oitenta e quatro mil) Euros, referentes à dívida salarial aos subscritores desta missiva.

“A Media Rumo está, ainda, em dívida para com o INSS e AGT, relativa aos impostos exigidos, por lei, desde 2017, sendo que estes rondam os 300.000.000,00 (trezentos milhões de Kwanzas)”, conforme dados.

Domingos Vunge é ainda acusado de levar à peito, o facto de ser um membro do Conselho Económico e Social do Presidente da República para cometer tais irregularidades contra os seus trabalhadores, pensando que esta posição o protege e torna-o intocável.

“A empresa tem mais de dez processos judiciais a correrem os seus trâmites legais nos tribunais”, revela.

A TASK FORCE, considera também que a Media Rumo é um dos exemplos mais claros e visíveis de gestão danosa e errática, pois, o seu PCA Domingos Vieira Vunge, apropria-se dos valores que entram em caixa para o seu uso pessoal ou utilização indevida noutras empresas, nomeadamente, DV Cafés, Casa dos Frescos, Cuidados Têxteis Industriais (5ÀSEC) ou A Minha Cantina.

Assim sendo, apela à denúncia, a TASK FORCE não tem alternativas senão a de iniciar uma campanha de denúncias pelos meios de comunicação social de Angola e dos PALOP´s para que os nossos direitos sejam respeitados, as dívidas liquidadas e danos directos e indirectos sejam reparados.

De salientar que, a TASK FORCE é um grupo composto por quatro (4) ex-funcionários da Media Rumo, que subscrevem essa nota e pretendem ver as suas dívidas salariais, subsídios e descontos da segurança social pagos pela firma a quem dedicaram anos de trabalho duro e esforço comprovado.

 

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