O tráfico ilícito de drogas na província angolana da Huíla descrito como preocupante pelas autoridades policiais desperta a atenção e associação cívica alerta para os altos níveis de consumo entre a juventude e na camada feminina. Associação cívica diz que consumo tem aumento entre os jovens e especialmente na camada feminina.
Especialista defende nova abordagem à luta contra o fenómeno.
Quinze cidadãos envolvidos no tráfico de drogas pesadas como a cocaína já foram detidos na região em 2021 no âmbito das operações de prevenção e combate ao tráfico ilícito de drogas.
Dada a complexidade e natureza do assunto, Alfredo Chitanda, do comando provincial da Polícia Nacional, admite que não tem sido fácil combater o narcotráfico.
“Essas pessoas, após serem detidas pelos órgãos de polícia, são presentes ao Ministério Público, mas mesmo internadas em estabelecimentos penitenciários não cruzam os braços e não param de motivar e dirigir o tráfico de drogas”, revela Chitanda.
O impacto das drogas e o alcoolismo na vida social foi tema de um encontro no Lubango que reuniu recentemente várias sensibilidades.
Félix Vaz, da Associação Provincial de Luta Contra as Drogas, mostra-se assustado com os níveis de consumo entre a juventude e na camada feminina, em particular.
“O problema de drogas não escolhe género, não escolhe extrato social e hoje o problema de drogas é comum a toda a sociedade”, alerta Vaz, enquanto o responsável do Centro de Desintoxicação e especialista em toxicologia, André Neto, descreve o actual de sombrio e defende uma nova abordagem ao combate às drogas.
“O método tradicional até hoje praticado deu mostras que são mais os jovens que vão para a droga do que aquelas pessoas que saem da droga”, destaca.
A falta de um centro de recuperação de pessoas a braços com o problema de consumo de drogas é um desafio para a província da Huíla que vê famílias a serem obrigadas a enviar os seus pareentes doentes para as outras regiões do país com todas as despesas associadas.