O presidente cessante da UNITA, Isaías Samakuva, e o candidato a líder, Adalberto da Costa Júnior, eleito no anterior congresso, votaram hoje para eleger o representante máximo do “Galo Negro”, com poucos minutos de intervalo, reafirmando a união do partido.
Eram 16:00 quando Isaías Samakuva se aproximou da mesa 6 para depositar o seu voto, saindo com espírito de dever cumprido e respondendo à agência Lusa que espera uma UNITA mais unida após o conclave.
A votação deveria ter decorrido esta manhã, mas o atraso na reunião de sexta-feira determinou que só hoje se realizasse a plenária.
Cerca de 10 minutos depois, foi a vez de Adalberto da Costa Júnior (ACJ), presidente eleito no XIII Congresso de 2019, anulado por decisão do Tribunal Constitucional, e que concorre sozinho à sua sucessão, se acercar da mesa 1 para votar, sublinhando que espera sair do congresso com um reforço da sua liderança.
O terceiro e último dia do XIII Congresso tem como ponto alto a eleição do presidente do partido do “Galo Negro” depois de Adalberto da Costa Júnior ter sido destituído, na sequência de uma decisão do Tribunal Constitucional que deu razão a um grupo de militantes que alegaram irregularidades no conclave de 2019, entre as quais o facto de ACJ ter concorrido quando detinha ainda nacionalidade portuguesa.
No congresso, que decorre no SOVSMO, em Viana, nos arredores de Luanda, votam 1141 delegados (menos nove do que os 1150 inicialmente previstos devido à suspensão de nove militantes).
Além de membros da UNITA estão também alguns convidados, entre os quais o antigo dirigente do PS, João Soares, Justino Pinto de Andrade, ex-presidente do Bloco Democrático, Francisco Teixeira, líder do Movimento de Estudantes de Angola, assim como o chefe de missão adjunto da Embaixada de Portugal em Angola, José Correia.