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Angola: Presidente da UNITA fala em “má governação” e pede apoio à frente ampla da oposição nas eleições de 2022

O Governo angolano deve aprovar um plano de emergência contra malária para reduzir as mortes que afectam essencialmente as pessoas mais vulneráveis, defendeu o presidente da UNITA, na província angolana de Malanje.

Ao discursar no acto central dos 49 anos da organização feminina do partido, Liga da Mulher Angolana (LIMA), no fim de semana, Adalberto da Costa Júnior desafiou o Governo a investir em acções incisivas a par da Covid-19.

“Não é aceitável que nós nos mobilizamos para responder o problema da Covid-19 e não nos mobilizamos para responder o problema da malária, não é aceitável. Morre muita gente, muita gente, as estatísticas estão escondidas”, disse, acrescentando ser “urgente o Governo aprovar um programa de combate à malária de emergência”.

Dados da ministra angolana da Saúde indicam que a doença matou em quatro meses deste ano mais de 5 mil pessoas.

A nível da província de Malanje, o Programa Municipal de Luta contra a Malária (Propema) é lançado esta segunda-feira, 21, no município de Calandula, com fumigação e pulverização dentro e fore das casas.

Frente ampla da oposição

No campo político, Adalberto Costa Júnior pediu a confiança dos angolanos e de partidos da oposição para uma frente ampla para vencer as eleições gerais de 2022 e apontou que a fome e a sede que afectam milhares de família são sinónimo de má governação.

“Eu não posso entender que na nossa Angola de hoje, tem angolanos que atravessam a fronteira porque estão a morrer à fome e sede em Angola. Não posso aceitar! Quando Angola fornecesse água à Namíbia, como é que os angolanos morrem à fome (…) e vão pedir ajuda à Namíbia para se alimentar?”, questionou Costa Júnior.

“É um problema de quê? É um problema de quê? É má governação, não é outra coisa”, concluiu o líder da oposição.

Mais de três mil pessoas assistiram ao acto na cidade de Malanje.

O presidente da UNITA analisou em audiência concedida pelo governador Norberto Fernandes dos Santos, a situação social e económica de Malanje e avistou-se com representantes de igrejas.

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