O director do Departamento de Conduta Financeira do Banco Nacional de Angola, Osvaldo dos Santos, defendeu, nesta quinta-feira, um maior rigor no processo da contratação de trabalhadores para a banca, para se evitar comportamentos inaceitáveis no sector.
Para o responsável, que dissertou o tema “Ética e Deontologia no Sector Bancário”, numa iniciativa do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola (Sneba), as instituições financeiras devem fazer um esforço redobrado na selecção das pessoas a empregar, mas sem discriminação.
Disse ainda que a formação dos quadros bancários deve ser contínua, para a elevação do comportamento técnico e profissional destes.
“As instituições bancárias devem reavivar as memórias dos trabalhadores e devem passar sempre a mensagem que cada um de nós deve ser responsável e responsabilizado pelos nossos actos”, advertiu Osvaldo dos Santos.
Quanto à qualidade dos serviços prestados pela banca, admitiu ter-se registado uma redução, disse o palestrante, ao referir-se sobre as horas de espera que os clientes perdem para levantar ou depositar os seus próprios recursos financeiros.
“ Eu não posso ficar na fila mais de duas horas para levantar o meu próprio dinheiro. Quando vamos ao banco, vamos a busca do nosso próprio dinheiro e exige-se um comportamento melhor dos profissionais”, disse Osvaldo Santos, sublinhando que certos comportamentos do ponto de vista do sector bancário equiparam-se à realidade de outros sectores.
No mesmo evento, realizado a propósito do 46º aniversário da banca nacional, a assinalar-se a 14 de Agosto, o professor universitário Laurindo Vieira, falou sobre a necessidade do Banco de Poupança e Crédito (BPC) ser mais cortês no atendimento dos seus clientes.
Apelou ao BPC para que envide esforços no sentido de que os idosos deixem de ficar expostos por várias horas e ao relento em busca das suas pensões.
“O cenário dos velhos e velhas nas filas do BPC faz doer o coração. Uns vão à fila as 4h00, para poderem conseguir levantar a sua pensão”, lamentou Laurindo Vieira, apelando a busca de soluções para a mudança do actual cenário.
Também convidado para falar sobre Ética e Sigilo Bancário, o professor universitário, Frei Mário Rui, disse ainda que na generalidade este princípio ético não é reportado pelas instituições financeiras.
“Defendo a sua presença, no plano de negócios, investimentos, politicas operacionais e auditorias feitas pelos bancos”, disse o Frei.