“A revisão constitucional, que vai provavelmente demorar meses a ser aprovada, vai certamente garantir que as eleições municipais não se realizam este ano e deverão ser feitas juntamente com as eleições legislativas de 2022 ou, até mais provável, em 2023”, escrevem os consultores, numa nota de análise sobre os principais desenvolvimentos económicos e políticos na África subsaariana.

“Fazer eleições mais tarde, quando as crises económica e sanitária já tiverem passado, vai provavelmente beneficiar o Presidente João Lourenço e o partido no poder”, acrescentam os analistas no comentário enviado aos investidores, e a que a Lusa teve acesso.

O Presidente angolano anunciou, na semana passada, uma revisão pontual da Constituição com o objetivo, entre outros, de clarificar os mecanismos de fiscalização política, dar direito de voto a residentes no estrangeiro e eliminar o princípio de gradualismo nas autarquias, motivando várias críticas por parte dos opositores.