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Angola: Refriango investe “28 milhões de euros” em parceria comercial com The Coca-Cola Company

A Refriango formalizou hoje a parceria com a The Coca-Cola Company através da qual vai produzir, engarrafar e distribuir os produtos da multinacional americana em Angola, num investimento de 28 milhões de euros e que vai gerar 300 empregos.

Em declarações aos jornalistas, a margem do evento em que foi formalizada a parceira, hoje, no complexo industrial do Kikuxi (Luanda), o presidente executivo da Refriango, Diogo Caldas, sublinhou que este é “um novo ciclo” para a empresa e assegurou que as bebidas vão ser produzidas com a máxima qualidade.

“A Refriango conta com um dos melhores laboratórios do país e que assegura a qualidade que já era exigida nos produtos que temos. Na auditoria que a Coca Cola fez à Refriango este foi um dos pontos positivos” para a empresa que vai substituir a Castel como engarrafador oficial em Angola.

Além do investimento na área de marketing, para reforçar a notoriedade das marcas no mercado, vão ser contratadas 300 pessoas para a área comercial e foram feitas alterações na linha de enchimento para produzir as bebidas em lata, PET (plástico) e garrafa, inteiramente destinadas ao mercado angolano, disse Diogo Caldas.

No âmbito deste acordo, a Refriango passou a assumir a preparação, embalagem, distribuição e comercialização da Coca-Cola, Fanta, Sprite, Minute Maid e Schweppes, produtos das marcas de The Coca-Cola Company em Angola, já a partir da próxima semana.

Em termos de litros, Diogo Caldas estima que a produção vai aumentar entre 20% e 30% em relação ao que se fabricava na Refriango, e salientou que a parceria envolve também, além da área industrial, projetos de responsabilidade social e na área da sustentabilidade.

As expectativas de crescimento do negócio, continuou, são “positivas” e o líder da Refriango admite um crescimento na ordem dos dois dígitos até ao final do ano.

“Depois da covid-19, o mercado está a crescer e sentem-se alguns impactos macroeconómicos que estão a refletir-se no mercado e a aumentar o consumo. Temos vindo a adaptar o nosso portefólio e a trazer produtos mais acessíveis ao consumidor, estamos a viver um momento positivo e acrescer de forma geral, estamos a fazer uma grande aposta não só nas marcas não- alcoólicas, mas também nas cervejas”.

A mudança de parceiro comercial da Coca-Cola em Angola, onde era anteriormente representado pelo grupo francês Castel, foi anunciada em maio no âmbito de uma estratégia de reestruturação da multinacional de bebidas em vários países africanos.

O vice-presidente da Coca-Cola para a África Ocidental, Ilhas e Centro Africa, Rodrigue Bila, adiantou que a empresa trabalha com engarrafadores locais em vários países e que, neste modelo, para ser bem sucedido, o alinhamento dos parceiros é decisivo.

“Temos de ter uma visão comum para o crescimento e para a sustentabilidade, para termos uma parceria saudável”, indicou, sublinhando que a qualidade do produto vai ser a mesma e que a companhia tem elevados padrões de qualidade em todo o mundo.

Segundo o semanário Expansão, o grupo Castel, que perdeu a Coca-Cola para a Refriango estará agora em negociações com a rival Pepsi.

A Castel e a Refriango, pertencente ao grupo do empresário português Luís Vicente, são as principais empresas de bebidas no mercado angolano.

A Refriango detém um dos maiores complexos industriais com mais de 42 hectares, 2400 trabalhadores e 27 linhas de enchimento.

 

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