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Angola: Regime autoritário impede “advogado francês” de se avistar com Carlos São Vicente

O advogado francês do empresário angolano Carlos São Vicente foi hoje impedido de o visitar na prisão onde se encontra detido desde Setembro de 2020. Julgamento do empresário angolano inicia-se quarta-feira.

São Vicente deverá começar a ser julgado quarta-feira em Luanda por alegado crime de peculato e branqueamento de capitais num julgamento que promete atrair grande atenção não só em Angola mas também internacionalmente.

Os seus advogados, sediados em França, têm lançado uma campanha junto de instituições internacionais sublinhando o que dizem ser as violações das próprias leis angolanas e das leis internacionais na detenção e confiscação dos bens do empresário.

Numa informação publicada num portal criado com o nome do empresário o advogado francês François Zimeray condenou a proibição de visitar o seu cliente como uma “violação adicional e grave das regras sobre julgamento justo e direitos de defesa”.

“Todos os acusados devem ser autorizados a encontrar-se com os seus advogados sem restrições, mais ainda na véspera do seu julgamento”, disse a nota publicada naquele portal.

“Recorda-se também que Carlos Manuel de São Vicente foi notificado do seu julgamento apenas 8 dias antes da abertura, após mais de 500 dias de detenção, em flagrante violação da lei angolana”, acrescentou.

O advogado disse que apesar destas violações adicionais dos direitos fundamentais de Carlos Manuel de São Vicente, “quero ainda acreditar que a justiça angolana julgará o caso com imparcialidade e independência e condenará as numerosas violações das regras sobre o julgamento justo que ocorreram com demasiada frequência durante os últimos meses”.

Não houve qualquer reacção por parte da Procuradoria Geral da República.

 

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