Angola registou na sua conta corrente, em 2022, um saldo superavitário de 11,7 mil milhões de dólares (10,9 mil milhões de euros), equivalente a 11,4% do Produto Interno Bruto (PIB), 40% melhor que em 2021, informou o banco central.
A nota de informação sobre Estatísticas Externas de 2022 do Banco Nacional de Angola (BNA), relativa à balança de pagamentos, refere que o aumento das exportações de bens, sobretudo o petróleo bruto, decorrente da recuperação do preço das ramas angolanas em 43,9%, contribuiu para este desempenho favorável da conta corrente, não obstante se tenha observado, igualmente, um aumento das importações de bens e serviços e agravamento do défice dos rendimentos primários e secundários.
Por outro lado, a conta capital e financeira registou um agravamento do défice, em 49,4%, ao passar de 5,3 mil milhões de dólares (4,9 mil milhões de euros), em 2021, para 7,9 mil milhões de dólares (7,3 mil milhões de euros), em 2022, justificado maioritariamente pelos fluxos do investimento direto estrangeiro.
Na rubrica posição do investimento internacional, a nota do Banco Nacional de Angola (BNA) salienta que a posição líquida do investimento internacional registou em 2022 uma melhoria do seu défice em nove mil milhões de dólares (8,4 mil milhões de euros), como resultado do aumento dos ativos financeiros, bem como da redução dos passivos com não residentes.
Dos principais ativos financeiros que Angola detém, realça o Banco Nacional de Angola (BNA), destacam-se os ativos de reserva, cujo ‘stock’ fixou-se em 14,5 mil milhões de dólares (13,5 mil milhões de euros) no final de 2022, equivalente a seis meses de importação de bens e serviços, contra 15,5 mil milhões de dólares (14,4 mil milhões de euros) de 2021.