O grupo de jovens que realizou em 2020, varias manifestações de rua, volta a baila, e convoca para este sábado, 20, mais uma acção de protestos para exigem a demissão do chefe de Gabinete do Presidente da República e do presidente da CNE.
Segundo Benedito Geremias, mais conhecido por “Dito Dalí”, um dos organizadores dos protestos em Luanda, e activista detido no processo dos 17 em 2015, diz que os manifestantes têm uma longa lista de exigências:
“1- Exigir do Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, a demissão do Director e Chefe do seu gabinete, Edeltrudes Costa, por razões já acima afloradas;
2- Exigir do Titular do Poder Executivo políticas públicas concretas para reduzir o elevado custo de vida dos angolanos;
3- Exigir do Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, a calendarização das eleições autarquias para o ano de 2021, não só como forma de cumprir os comandos constitucionais, mas também como forma de cumprir com a promessa feita por si na ocasião da sua campanha eleitoral” disse.
4- Acrescentando ainda que “Exigir da Assembleia Nacional a revisão da Lei Orgânica sobre Organização e Funcionamento da CNE por não garantir a independência deste órgão tal como diz a norma do artigo 107º da CRA;
5- Exigir a destituição do presidente da CNE pelo facto de a sua designação ser fruto de um processo fraudulento. No entanto, passados quatro meses, desde a última Marcha realizada no dia 11 de Novembro de 2020, e apesar da pertinência dos tópicos que constituíram as matérias de reivindicação, nenhum deles foi até a este preciso momento atendido por quem de direito.
Portanto, esta postura passiva que vem sendo adoptada pelos órgãos de decisão tem para Nós um significado claro: não há, tanto por parte daqueles que dizem ser os nossos representantes, como por parte daqueles que dizem ser os nossos governantes, a mínima consideração pelo Povo angolano que vive diariamente as consequências do actual “status quo”.”disse.
Na ocasião Dito Dalí convidou cidadãos ligados ao MPLA a participarem da referida marcha: “Queremos por esta via convidar a vice-presidente do MPLA, deputada Luisa Damião, e vários militantes do partido governante porque sabemos que muitos dos angolanos filhados no MPLA também passam necessidades até mesmo chegam a morrer”, concluiu o activista.
As manifestações podem acontecer em várias cidades de Angola.