Dirigentes de longa data da UNITA, principal partido da oposição em Angola, minimizaram o impacto da decisão do Tribunal Constitucional (TC) de anular o último congresso do partido, afirmando que o partido do “Galo Negro” já esteve em situações piores. Apontam o dedo ao MPLA.
Esses dirigentes, conhecidos como “sábios” ou a “reserva moral” do partido, manifestaram confiança que esta crise será resolvida.
A decisão do TC levou a que o anterior presidente Isaías Samakuva fosse chamado a reassumir o cargo já que a eleição de Adalberto Costa Júnior foi considerada inválida.
Um dos considerados co-fundadores da UNITA, Samuel Chiwalem disse que “não há nada que nos preocupe que não terá solução”.
Para Chiwale, não restam dúvidas que o problema veio de fora e tem nome: “O MPLA está agarrado ao poder e faz de Angola o seu jardim zoológico”, disse.
“E acrescentou que os homens que criaram esse pequeno problema são afectos ao MPLA, trabalham para o MPLA, foram pagos pelo partido no poder”.
Por seu lado, Ernesto Mulato, outro membro da chamda “reserva moral” sublinha que o seu partido já passou por desafios piores e a actual situação é só mais um obstáculo a ultrapassar.
“O desaparecimento físico do nosso presidente-fundador foi um dos momentos mais difíceis que a UNITA soube ultrapassar”, lembrou Mulato, afirmando que os membros da UNITA “sempre que surge este tipo de problema, nos sentamos, discutimos e encontramos sempre saída”.
Dentro de dias, o partido vai marcar de novo o seu XIII congresso que vai escolher um novo presidente, que será o cabeça-de-lista da UNITA às eleições de 2022.