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Angola: Secretário da FNLA, Laiz Eduardo “renuncia” candidatura em apoio a Lucas Ngonda

O secretário para os Assuntos Políticos da FNLA, Laiz Eduardo, anunciou, nesta quarta-feira, em Luanda, a retirada da sua candidatura à presidência do partido em apoio ao projecto de transição do presidente cessante, Lucas Ngonda.

A FNLA realiza de 16 a 18 de Agosto próximo o seu V congresso ordinário, tendo como canddatos a presidente Lucas Ngonda, Joveth de Sousa, Fernando Gomes e Tristão Ernesto.

Em Abril do ano em curso, Lucas Ngonda anunciou a sua recandidatura a uma liderança de transição no partido que deve durar até 2022, altura em que se prevê a realização de um congresso extraordinário, para a eleição do cabeça de lista e dos candidatos a deputados, no quadro das eleições gerais agendadas para o mesmo ano.

Em conferência de imprensa, Laiz Eduardo esclareceu que o seu recuo tem a ver com os últimos desenvolvimentos no partido, fundamentalmente, a agudização das disputas na comissão preparatória do congresso.

No entender do político, tal situação quase que mergulhou a FNLA numa espiral de violência sem precedentes. “Tudo porque vários grupos reclamam a liderança” no partido.

Adiantou que retirou a sua candidatura em nome da paz, harmonia e estabilidade interna e dos interesses superiores do partido.

Afirmou que o V congresso vai acontecer num contexto extraordinário único, esperado por dezassete anos. O conclave deverá discutir aspectos ligados à força política e ao país.

Laiz Eduardo espera que o congresso seja uma viragem na existência da FNLA, face aos desafios que se colocam o partido na actual conjuntura política nacional e internacional.

Explicou, “igualmente, que o congresso marcado para Agosto, poderá proceder à alteração dos instrumentos normativos, eleger os órgãos directivos nacionais e aprovar a moção de estratégia para os próximos quatro anos”.

Fundado em 1954, “o partido FNLA é, a par do MPLA e da UNITA, uma das forças políticas que lutou para para a independência de Angola”.

Nas primeiras eleições gerais, em 1992, elegeu cinco deputados, em 2008, três, em 2012, dois e, nas de 2017, apenas um, dos 220 assentos que compõem a Assembleia Nacional, parlamento angolano.

 

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