O Primeiro secretário provincial da UNITA, maior partido da oposição angolana, em Luanda apresentou hoje ao governador da capital angolana preocupações sobre problemas habitacionais da população e das chuvas que geralmente resultam em mortes.
Manuel Nelito Ekuikui, que respondeu a um convite do governador da província de Luanda, Manuel Homem, falava à imprensa no final do encontro, que serviu para a identificação de problemas que afligem a população e possíveis soluções.
“Falamos um bocado sobre os problemas das famílias do Zango, que estão há 11 anos sem as suas casas – demoliram as suas casas -, encontram-se em habitações sem dignidade nenhuma, aliás habitações não, estão em casas de chapas e pedimos ao governador para dialogar e encontrar efetivamente uma solução”, referiu Manuel Nelito Ekuikui.
Segundo o também deputado à Assembleia Nacional, o problema da drenagem das águas foi igualmente abordado, porque “sempre que chove há problemas, morre gente, e deve ser efetivamente uma das prioridades”.
“Portanto, deixamos algumas sugestões para o Senhor governador no sentido de ter um mandato com bastante êxito e impactar vidas, porque governar é impactar vidas”, sublinhou, realçando que as eleições foram realizadas e o partido União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) está “para auxiliar quem está a governar o país”.
“A resolução dos problemas de habitação, várias populações ficaram desalojadas no centro da cidade, as chuvas aproximam-se e Luanda sempre que chove a questão da drenagem de águas é um problema e em consequência morre sempre gente”, enumerou Manuel Nelito Ekuikui as principais preocupações.
O político realçou que outros problemas conhecidos não dependem de uma forma direta do governador, “é uma estratégia mais global”, nomeadamente “o problema da falta de emprego e outros”.
“Nós estamos para auxiliar, para andar juntos enquanto angolanos apoiarmos, isso é que é o correto”, frisou, destacando a o elevado grau de abertura e disponibilidade de Manuel Homem para a solução dos problemas de Luanda.
“Em Luanda, gravitam vários interesses, naturalmente há coisas que não vão depender de uma forma direta do Senhor governador, mas ainda assim lá onde existir vontade de resolver os problemas o Senhor governador vai resolver, pelo menos mostrou-se disponível para o diálogo”, sublinhou o deputado, sinalizando também a necessidade de mudanças no tratamento dos casos de greve, várias vezes reprimidas através do uso da força policial.
“Quando a polícia reprime depois o político fica mal e senhor governador é jovem pode dialogar, descer sempre e dialogar. Luanda é o centro do poder e sendo o centro do poder quem governa Luanda tem que ter a capacidade de dialogar com todos os segmentos”, salientou.